terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Amor e sexualidade na Terceira Idade




A sexualidade é uma forma de expressar carinho e afeto, sentimentos que não tem idade. Os desejos podem se modificar, mas não terminam. E para tanto, basta que o corpo seja respeitado.
A idade não dessexualiza o ser humano. Assim, não existe limites de idade para se conservar uma atividade sexual ainda que ocorram mudanças fisiológicas.




Mudanças

A questão é que, com a idade, o corpo envelhece e algumas coisas mudam, como a flexiblidade e a disposição. Porém, fisiologicamente falando, a principal dificuldade é a falta de lubrificação. “Após a menopausa, as mulheres diminuem a intensidade da lubrificação natural e isso gera dificuldade e incômodo na hora da penetração”. Esse problema pode ser facilmente resolvido com produtos específicos, como os lubrificantes íntimos.

Outro fator, que está mais ligado ao lado psicológico, é a diminuição da libido que pode ocorrer devido à diminuição da produção hormonal masculina e feminina, por estar em uma idade avançada, a mulher não se sente segura ou acaba suprimindo seus desejos eróticos por conta da aparência ou preconceito. Por isso, a importância de renovar as relações e buscar sempre novidades a dois para manter o interesse vivo. “O segredo é colocar mais cor e usar a imaginação”.

Por outro lado, muitas mulheres enxergam a terceira idade como uma fase de libertação, pois não correm mais o risco de engravidar. Sem essa preocupação extra, o público feminino muda seus horizontes e se sente mais à vontade para arriscar e se aventurar. A barreira que pode surgir nestes casos é a aceitação da sociedade em relação a este comportamento.

Riscos

Assim como em qualquer fase da vida, as pessoas sexualmente ativas devem se cuidar. As doenças continuam presentes e podem ser transmitidas. Se o casal deseja descartar o uso do preservativo, é necessário se resguardar por meio de exames que comprovem a ausência de doenças, infecções ou outros problemas.

Relatório divulgado pela Unaids, programa da Organização das Nações Unidas para a Aids, mostra que a incidência da doença entre idosos no Brasil está crescendo. Além disso, nos últimos 27 anos, o número de mulheres infectadas pelo vírus HIV aumentou em 54%. Parte do avanço da doença pode ser atribuída ao uso de estimulantes sexuais pelos homens acima de 65 anos, já que eles mostram resistência ao uso de preservativos. A situação é um desafio para o Brasil e pede a criação de políticas públicas para conter o avanço das doenças sexualmente transmissíveis (DST) para atender às necessidades dessa camada da população. 

Outro ponto são as complicações que surgem com a idade, como problemas cardiovasculares e hipertensão. Os médicos explicam que o sexo não está diretamente relacionado com ataques cardíacos ou alterações na pressão arterial. Porém, a recomendação é consultar sempre um especialista para se certificar que a pessoa está apta para praticar qualquer atividade física.


Adolescência e velhice

Hoje em dia, o namoro maduro é como se fosse o namoro adolescente. Assim como os jovens fazem às escondidas, os idosos também disfarçam suas relações para não gerar burburinho. “Se um menino e uma menina se trancam no quarto ou uma avó e um avô fazem o mesmo, a reação das outras pessoas pode ser igual: de choque”, aponta Alexandre. Por isso, o sexo deve ser tratado de forma aberta para que a aceitação seja maior. É preciso vencer esse tabu!

A sociedade sempre incutiu na cabeça das pessoas que o sexo na terceira idade seria algo profundamente inadequado, colocando uma barreira psicológica principalmente para a mulher idosa. “Ela pensa que já passou dessa fase, que é uma avó e tem que se dar ao respeito”

Direito ao prazer em todas as idades 

O sexo na terceira idade pode ser libertador e prazeroso, mas depende de como se encara a velhice e as modificações que ela causa em todos os aspectos da vida. “O idoso pode lidar com conformismo e rejeição ou levar a velhice com criatividade. O avanço não é devolver ao velho o desempenho do jovem, mas conseguir novas formas de satisfação”.

                                                                                                            
Leia Mais: Sexo na Terceira Idade | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/sexologia/sexo-na-terceira-idade#ixzz3SgSMDKXv
     Vilauba Figueiredo
Pedagoga Especialista em Gerontologia

Nenhum comentário: